quarta-feira, 3 de novembro de 2010

RELEMBRANDO O PRIMEIRO ENCONTRO DE PIRITIBANOS


Piritiba - Terra dos Juncos 

 Era um amor universal Kósmico, éramos todos, crianças, adolescentes e adultos felizes. Não havia persona (máscara) em nenhum rosto, todos falávamos de tudo e pedíamos notícias dos ausentes, falávamos  da infância, da adolescência, da juventude, sem vergonha, sem censura, só alegria. Senti meu coração aberto a todas as pessoas, pronto para expressar meus sentimentos mais profundos e senti, que nem a mim, nem aos meus companheiros de infância e demais presentes era permitido qualquer tipo de reserva que viesse causar a ilusão de separação. O sonho nos havia teletransportado para um momento mágico, um dia no paraíso das nossas memórias, num resgate de todos os fantasmas queridos, vivos e mortos do passado, lembrando–me a todo instante do meu querido e velho avô Maroto Sampaio, que por uns quarenta anos na figura repressora de delegado foi superego da comunidade, assim como era marcante na postura dos mais antigos a lembrança da minha amada avó, guerreira inata, Zilda Queiroz, fazendo uma catarse (purificação) perfeita.
Quando saí já era noite, Nelinho na sua humildade, que só os grandes têm, ajudava os serviçais de limpeza do clube a juntar o lixo final, eu pensei: que homem é este que tão lindo sonho adormecido no inconsciente coletivo de todos nos piritibanos criou condições e proporcionou meios de transformar em realidade.
Quando penso sobre Nelinho começo a acreditar que não existe sorte ou acaso. O destino do homem está em suas mãos. A vida, entretanto só dá liberdade, a alegria, o triunfo aos que conhecem as regras da luta. Preparado ele adquire a capacidade de lutar para a conquista, a realização de seus objetivos e de todos aqueles que cercam.
Torna–se magnânimo, digno.
Domingo pela manhã acordava mais uma mulher completa nas suas estruturas psicológicas dentre tantos outros que lá estavam. Renascida mais confiante e feliz.
Obrigado amigos da minha infância, Nelinho e organizadores pelo amor espontaneamente e verdadeiramente ágape demonstrado.

 Naira Zanely Sampaio da Silva e Família

Salvador, 29 de novembro de 1996.

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