O texto abaixo nos permite compreender um pouco da história de Piritiba quando ainda fazia parte do território de Mundo Novo, ocupando um lugar de destaque dentro do contexto daquele município:
(...) A principal função do trem, e provavelmente sua atividade mais rentável, na região era o transporte de cargas das mais variadas.[1]
Podemos citar, no caso da região de Mundo Novo o gado, a mamona, o ouricurí, a carnaúba, o café, a farinha de mandioca, dentre outros produzidos nesta zona para atender às demandas de áreas mais urbanizadas, a exemplo da capital Salvador. No caso de Piritiba a farinha de mandioca era exportada para outros estados como Sergipe, Alagoas e Pernambuco.[2]
Neste sentido a ferrovia serviu também para criar e solidificar um comércio exportador nestes locais, a fim de viabilizar a exportação destes produtos agrícolas, bem como viabilizar a venda de artigos mais trabalhados advindos dos grandes centros. Uma pequena indústria também ganhou fôlego, pois se buscou beneficiar primariamente alguns produtos, a exemplo da palha da carnaúba, da qual era extraída a cera que nos grandes centros tinha os mais diversos fins numa indústria mais elaborada.(...)
[1] Se observarmos a continuidade das notícias veiculadas em o lidador, perceberemos que há uma constante reclamação quanto à qualidade dos serviços oferecidos aos passageiros, focada mais para Jacobina, algumas se referindo à Mundo Novo .Quanto à questão das cargas apenas notamos que a reclamação se da devido a atrasos e poucos vagões disponíveis.
[2] Jornal O Lidador, n. 253.
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