CRÔNICA PIRITIBANA
Piritiba, por que estás tão triste? É a seca? Cadê teus rios, barreiros e cacimbas? Cacimba de dentro, Cacimba de fora, banheiro de Maméde, rio da Passagem, rio do Maxixe. Tomar banho embaixo do pontilhão, ou na presa de Maroto, ou no Caldeirão Grande, ou no Caldeirão da Pedra, ou no Bueiro Torto, ou no rio do Jacuípe, no Poço Feio.
Que tal um mergulho no açude da Leste, açude Lauro Farani de Freitas (Que saudade da Leste Brasileiro), ou no açude de Zuzinha (que açude porreta), ou no açude de Zé Neves, (que água salgada), ou no açude de Leovegildo na Piritibinha, então no Riacho do Mamão, ou na baixada do Largo (cuidado com Xistosoma), ou no tanque de D. Maria Amorim, no tanque do Véi Vicente, no tanque do Vitomídeo (na fábrica de Sr. Adelino Moura), ou na presa de Quinzinho, ou no rio do Maçambão.
A Pedra da Égua nunca enche, por que será?
Tempos difíceis aquele. Água difícil. Para conseguir um pouco de água boa, tinha que se penar na fila do trem, na estação, ou nas filas intermináveis de latas, no chafariz, ou então encomendar uma dorna com bastante antecedência a Celso, ou contratar as aguadeiras: D. Neomísia, Maria Pezinho, Maria da usina e outras. Zé de Dário, coitado, deu inúmeras viagens ao açude da Leste, para abastecer sua madrasta Zita. (“Ou mulher gastadeira de água, esta Zita. Vá gastar água assim no inferno. Ontem eu enchi até os textos e hoje não tem um pingo d´água. Vou mandar Dario fazer uma casa pra ela no meio do Rio Jacuípe”, resmungava o nosso Zé de Dário)
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