O pipoco do pinto
- Que cara de tristeza é essa, homem de Deus? – perguntou Rubão.
- Você não sabe o que me aconteceu. – respondeu Edson Galego, sem tirar o cigarro da boca.
- Então solta o verbo que eu quero saber.
- Pois então ouça: eu estava preparando uns cartuchos de espingarda lá no fundo do quintal de casa e, sem querer, deixei cair restos de pólvora pelo chão. Um pintinho que ciscava ali por perto, mandou goela abaixo toda aquela sujeira. Quando eu joguei a bituca acesa do Continental sem filtro que estava fumando, o pinto, mais que depressa, botou o seu bico na brasa. Coitado. Explodiu (pipocou) tal qual as bombas de Zé Fogueteiro nas festas de São João. Não sobrou nem pena pra contar a história.
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