domingo, 17 de outubro de 2010

CRONICA PIRITIBANA -II

Piritiba, Piritiba:
Prof. Dario Lopes

Quero relembrar teu passado. Cadê tuas matas virgens? A mata de Sampainho. A mata dos Três Paus.
Cadê o Alto do Cruzeiro? O Inferno de Quincas? Cadê a Lagoa da Onça?  A Lagoa de Sampainho, cheio de “Espanta Boiada”?
Cadê o Trem da Leste? Saudade da Maria Fumaça. Hoje chega a 535 na estação. O trem já partiu do França
O chefe Stefano já bateu o sino, o Maquinista – Coriolano. (As meninas do Bate-Bico estão assanhadas).
Vou pongar no trem enquanto ele faz a manobra. Vou pegar é minha água de beber.
Cadê a Fábrica de Camas Patente de Néca Suzarte? E a Fábrica de manteiga Jawa de Zéca Araújo?Cadê nossa mandioca, cadê? E os toros para a Estrada de ferro? E a mamona para embarcar? E as centenas de sacos de ouricuri? E o pó de palha. Piritibano bom da gema, de pó só conhece, o da palha.
Os charutos de Helenita? Cadê nossa pecuária? O Indu-Brasil de Quinzinho? Os Nelores de Zuzinha? A gadama de Jairo Almeida?
Cadê a Fábrica de Camas Patente de Néca Suzarte? E a Fábrica de manteiga Jawa de Zéca Araújo? E a Fábrica de balas de Ivan Cedraz e Dilson?
Cadê as carroças de burro, cadê? A de Seu Benedito? A de seu Horário? A de Deoclécio?
Cadê a Bicicleta de Nildinho? E as de alugar de Romilton?  Cadê as bicicletas e Evandro e Maria Helena, filhos de Zéca Araujo? E a de Jardelino Satanás? Cadê a Bicicleta de moça da profa. Leonor Macedo? E a de Geraldo Alfaiate? (“Hermes, trás aí a talhadeira pra eu folgar a roda”).
Cadê as Fobicas, cadê? A de Aderito Lopes? A de Manoel Suzarte? A do Rev. Josias Freitas? A de Landão? A de Milton Sampaio? A do Velho Dudu?
Cadê o pessoal das motos, cadê? A Monark de Acindino, (“Gilton, empurra a moto na rua da Igreja que pega”). Cadê a Moto de Mininho? E a de Marotinho do cartório? E a de Sr. Jerônimo Lopes?  Carmerino também tem uma. (“Celso cuidado pra não cair”). Sr. Dazinho da loja, também tem. Sr. Vadinho de Batista Cardoso, aprendeu a andar. Vadinho da Prefeitura comprou uma. (“Homem, você não pode beber e querer andar nesse troço, diz D. Valda”)

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