O AÇUDE DA LESTE

Sou historiador formado pela Universidade Estadual de Feira de Santana e desenvolvo

pesquisas sobre a região norte da chapada diamantina, na qual se inclue Piritiba. Fico fascinado ao ler estes relatos mas ao mesmo tempo fico triste em ver todas estas memórias se perdendo, quantos relatos sobre as relaçoes sociais da Piritiba de outrora não chegaram as gerações futuras... Segue o texto abaixo a respeito pelas benfeitorias que compunham o aparato ferroviário na cidade no então Arraial de Piritiba:

O conjunto de benfeitorias no caso de Mundo Novo é fruto de

uma ação conjunta entre a empresa ferroviária, o poder público e os chefes locais. Podemos perceber que, no caso da trincheira para represar água para o consumo do nascente arraial, bem como da empresa ferroviária e seus usuários que, segundo a lei sancionada pelo poder publico municipal, ficou “a Prefeitura autorizada a mandar fazer na beira do Riacho do Ouro, de propriedade do Senhor João Sampaio, digo João Damasceno Sampaio

[posse?] esta gentilmente cedida, uma aguada, servindo a respect

iva trincheira de passagem à rodovia que liga o referido arraial ao do França”. Além disto, ficou estabelecido que “a necessária despesa para a construção da aludida aguada, sairá da verba

“Obras publicas".

l

LUCAS ADRIEL.

NOTA DA REDAÇÃO: Foi aqui que muitos conterrâneos aprenderam a nadar. Vejam os relatos:

Caro Adaelson,

Lembro com saudade e melancolia o nosso velho açude onde aprendi a nadar, e lembro de historias lindas, por exemplo a de Noquina, que ia morrendo afogado quando Zé Toquila o salvou trazendo para a margem e ficando com metade do corpo dentro d´agua e nosso velho farmaceutico e medico "rabula" Zezinho o atendeu fazendo sucção e tirando o excesso de agua que tinha bebido ao tempo em que o filho de Zequinha do Cartorio (não lembro o nome) gritou de la " ZEZINHO TIRA O CU DE NOQUINHA DE DENTRO DO AÇUDE SENAO VAI SECA-LO", tem outra historia linda e maravilhosa sobre o açude, que foi construido na decada de 50 pelo DNOCS e logo depois da sua inauguraçao houve uma chuva violenta que o destruiu, e logo depois nao sei os detalhes mas foi reconstruido e o mestre de obra foi o velho e famoso pedreiro Durval Miranda (grande construtor se cisternas, que estudei sua construçao em detalhes, e aprendi muito), e tempos depois estudante de engenharia na UFBa, comparei a diferença na construçao com um Engenheiro e um Mestrre de Obra, sem formaçao academica, o que chamo

de "engenheiro rabula" no caso o velho Durval, quando o Engenheiro usava uma ferro de 1/4 o vellho Durbal usava de 3/4, quando o Engenheiro usava um concreto de 1:5 o velho Durval usava 1:3, a base do açude deveria ser de 4 metros definida pelo Engenheiro a do Velho Durval era de 6 metros, tenho este estudo da decada de 60, vou procurar nos meus arquivos e, se achar vou divulgar para o Piritibanos, a diferença entre a tecnica e a experiencia, que na realidade a unica diferença é que o engenheiro constroi com tecnica e economica e o mestre de obra sem tecnica e com segurança, é uma historia linda de minha vida de academico.

Grande abraço conterrraneo e irmão

Hailton- filho de Raimundo Lopes da Farmácia

Meu Irmão Adaelson, o açude nos encanta, e relembro que êle e o pontilhão nos trás muitas recordações. Lembro bem que meu Irmão de sangue Jorge Gomes Vieira, despencou do arco do ponto mais alto e sobreviveu, quebrando várias costelas e dois braços. Sempre foi o nosso belo balneário. Abraço, João Rico

Adaelson. Quando criança não me deixaram nadar no açude da leste, por causa do shistosoma,
embora eu tenha me aventurado (escondido), pela passagem, maxixe, poço feio etc.
Daniel Lopes, piritibano com muito orgulho, filho de Dário Lopes (com mais orgulho ainda), radicado no cerrado do Planalto Central.