Causos de Roseira – A baguete e a fubica.

Roseira havia acabado de encerrar mais um dia de trabalho e estava voltando para casa em uma fubica. Trazia no colo alguns “mimos” para a sua querida esposa Arabela, algumas verduras fresquinhas e uma baguete, conhecida por muitos na cidade como “pão-metro”.

A fubica vencia as ladeiras com muita dificuldade até que encontrou, provavelmente nas mediações de Areia Branca uma enorme ladeira. O carro subiu lentamente e a poucos metros de terminar a inclinada (muito inclinada) ladeira parou como se estivesse em meia-embreagem, todos os passageiros da fóbica gritaram: “o carro vai voltar! O carro vai voltar!”

O motorista pediu desesperadamente a Roseira que apanhasse um “sepo” e pusesse atrás da roda do carro para que este não descesse a ladeira de ré.

Roseira o mais depressa que pode, desceu do carro e colocou o que ele achava ser o "sepo" na roda do carro, na verdade era a baguete que comprara com tanto carinho para Arabela.

Alguns dizem que o carro parou tranquilamente o que facilitou o seu retorno para casa, precisando apenas de um pequeno empurrão dos homens presentes para completar a ladeira. Roseira contava que com a pressão feita pelo pneu da fubica sobre a baguete um pedaço do saboroso pão voou acertando em cheio um pato, que lhe forneceu um saboroso jantar. Talvez por isto Arabela não o questionou sobre o pão e as verduras vieram a calhar.

Recolhido e adaptado por Lucas Adriel S. de Almeida.