sexta-feira, 1 de julho de 2011

COLUNA DO BAZO (LOURIMAR BORGES)

A festa, qualquer festa, sempre foi feita pelas pessoas, pelos foliões, pelos forrozeiros em se tratando do São João de Piritiba, onde estivemos nestes dias de feriadão junino. Nestes dias de festa fui pelo centro da folia, a Praça Getulio Vargas, andei pelos seus arredores, conversei e ouvi comentários, os mais desencontrados possíveis, demonstrando a passionalidade e ângulos diferentes de um mesmo foco. Desde as atrações contratadas, até as diminutas dimensões do palco principal, passando pela decoração, a redução considerável do espaço da praça, o claudicante sistema de som, tudo passou pelo crivo dos adoradores e críticos da festa. Quanto aos críticos, era perceptível a confusão entre partidarismo político e a festa em si, desprezando qualquer senso de isenção nestas observações até em momentos que a política não fazia nenhum sentido, nenhuma pertinência.
Mas algumas destas críticas tinham lá certa procedência. A Praça teve seu espaço reduzido pela estranha colocação do palco que inviabilizou uma área que sempre foi muito procurada e ocupada, a escadaria em frente ao busto deGetulio, e que desta vez tornou-se um vão morto entregue aos zumbis da noite. As barracas de bebidas e comidas típicas subiram para o quadrilátero da praça, contribuindo para a diminuição do local onde o piritibano ou visitante transitariam ou ficariam durante os shows. A decoração ao redor da praça, embora original, bem feita e produzida, era de tal gigantismo que dava a sua contribuição no pequeno espaço para a apreciação dos shows ou para arrastar o pé no chão da praça. Em apresentação de artistas com um maior apelo popular, era visível o desconforto dos que tentavam se aproximar do local de onde provinha o som. Tudo bem que a Petrobrás seja uma parceria indispensável em eventos como o São João de Piritiba, como foi para tantas cidades do interior do estado, mas será que aqueles imensos balões publicitários da estatal, não tinham outro local para colocação que não em frente ao palco? Nas laterais da praça, por exemplo, cumpririam também o seu papel e não atanazavam a visão dos que se posicionavam em frente ao palco principal.
Eis que chega o dia da apresentação da fofa, Paula Fernandes. A expectativa era de um público inigualável para qualquer festa já realizada na cidade. Pode não ter sido o maior, mas a evidência da desorganização, da clareza de parte das críticas ouvidas, do som em que o baixo e a bateria pareciam ser a atração do show, das dimensões reduzidas da praça, de pessoas sendo empurradas e machucadas, transformou tudo num espetáculo de terror. Saí pelas transversais da praça e pude constatar a insatisfação de quem veio de longe ou de perto e ter que se submeter àquele corredor polonês de grosseria e falta de educação via administração municipal. Preferimos tomar algumas latinhas no bar de Jaime, ou na barraca de Natanael, ou saborear o beiju de Nena. Quanto a Paula Fernandes, fiz o sacrifício possível, mas não deu. Que venha o próximo São João, para onde não sei se irei.     
(DO BLOG BAZO BORGES)

Um comentário:

  1. O Bazo ten toda razão no seu comentário,aliás ele expressou o que a maioria que foi ver a bela Paula Ferndes. Precisa se rever o São João de Piritiba para dar-lhe mais conteudo e originalidade revivando as suas tradições serm que o lado politico seja envoldido. Politica é para as elições o nosso São João não tem Partido. Parabrns seu Bazo

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