quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

LUCAS CEDRAZ - UM NOVO COLABORADOR DO BLOG




Dr. Adaelson, é com grande alegria que te mando este primeiro e-mail...  Admiro sua dedicação e amor por nossa terra. Parabéns  pelo Blog, está muito bem falado e divulgado.
Segue um poema que acabei de fazer; depois de ler e ver algumas postagens com fotos antigas no blog,  ficou uma imagem muito forte na minha cabeça sobre a maneira que nossa cidade era vivenciada, a elegância e o charme do nosso povo e o encanto das nossas ruas.
Apesar de ainda estar aprendendo a escrever, espero que aprecie...




Idas e vindas

Caminhos de ida;
grãos de areia perdidos
sortilégios em esquinas esquecidos
velas, a partir das Dez, acesas...
Procissões, batinas, sinos contínuos.

Lua cheia, cantorias, desafinos
improfícua carga d’água caindo...
Paletós e gravatas em elegantes passos
trem de longe assoviando,
hoje velhos sábios e ontem meninos traquinos ...

Caminhos de volta;
Grãos de areia extintos,
libertinagem em esquinas vivas.
Velas? Desconhecidas!
Internet em infinda noite luminosa,
pegas, batidas, gritos contínuos.

Lua cheia encoberta por cortinas,
lágrimas escorrendo da prisão moderna,
rotina anti-social da geração multimídia...
Camisetas, shorts, roupas mínimas
música estridente com cantos vulgares
círculos de rebolados e embolados
hoje jovens, amanhã um vazio quem sabe...

Lucas L. Cedraz
Piritiba 10/02/2011

3 comentários:

  1. Parabenizo Lucas,pelos versos em torno de uma saudade que, para um jovem como você, foi absorvida dos seus e de uma modernidade que é tristemente sua e nossa, retrato de um tempo vazio, de homens de papel. Há poesia em seus versos, há um poeta nascendo e isto merece comemoração.
    Abraços,
    Lourimar Borges

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Lucas, você está de parabéns pelos lindos versos mostrando a sua sensibilidade. Nas suas veias, amigo, corre sangue de poeta, que vê a lua, enquanto outros - internete em infinita noite luminosa, ao som músicas estridentes e cantos vulgares.
    A lua cheia não deve ser encoberta por cortinas.
    Que saudades das serestas, onde ela era fiel parceira.

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