sábado, 19 de fevereiro de 2011

A POESIA DE LUCAS CEDRAZ

Pontilhão sobre rio nostálgico,
com trilhos vagos
e vagões carregados de vácuos...

Assovios compassados
empurrando lembranças 
com fumaças em cachos...

Neste momento exato
a Leste já ferve em movimento,
e traz na bruaca dos pensamentos
lembranças líricas:
Dos passos das meninas,
os bicos doces, 
as ximbicas,
as fóbicas enfileiradas
os caixotes espalhados,
moleques engraxando sapatos
o bate-bico fabricando casos
os fins de tarde no corte e no cais...

Pontilhão abandonado por homens,
Incrustado por ferrugens e matos
E Nesta chapa povoado por manequins
Nem tão esbeltos, muito menos do que aparenta,
Assim nem Zuzinha agüenta... 

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