sexta-feira, 6 de abril de 2012


 Foto de Agamenon Almeida.
              Quantos homens sabem observar? E, desses poucos que sabem, quantos observam a si próprios? “Cada pessoa é o ser mais distante de si mesmo”.
           A viagem até nós mesmos é sempre a mais longa e tortuosa, pois implica dar muitas voltas para encontrar algo que estava tão perto que éramos incapazes de ver.
              Não é por acaso que, das três perguntas existenciais clássicas - Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? -, a da identidade venha em primeiro lugar, pois aquele que não sabem quem é dificilmente terá consciência do que deixou para trás ou  do destino que tem diante de si.
          Tentamos responder à pergunta “Quem somos?” falando sobre nossa profissão e o cargo que ocupamos, mostrando o carro que dirigimos ou mesmo dizendo qual a religião que professamos, mas esses elementos estão à margem da verdadeira essência de uma pessoa.
           Assim como nossos sonhos nos definem, nossa identidade é a sensibilidade que nos distingue dos demais companheiros humanos, é nossa contribuição única para o mundo, nossa missão pessoal.
               Encontrar essa missão pode ser o trabalho de toda uma vida, mas o fato de buscá-la já nos permite saber aonde vamos.

Do livro "Nietzsche para Estressados"
de Allan Percy.

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