Há muitos janeiros atrás os meios de comunicação em nossa cidade eram precários. Telefone não existia. A gente usava os Correios e Telégrafos (mais o Correio) para contar as nossas mazelas e também as nossas alegrias aos amigos e familiares. Quantas vezes expressamo-nos assim: “escrevo-lhe esta linhas para dar as minhas notícias e ao mesmo tempo obter as suas”. Com certeza, inúmeras vezes. Quando a urgência se fazia necessária era através do telegrafo que a comunicação era feita. Muitas vezes o telegrama quando chegava, através do saudoso Marotinho, fazia tremer as pernas de quem o recebia: era quase certo que notícia boa ele não trazia.
Lembro-me também que Miro do Parafuso, que através do seu Radio Amador, (PY 6 EO) prestou relevantes serviços transmitindo mensagens para lugares longínquos deste pais.
A comunicação local era feita através Serviço de Alto Falantes, comandado por Nelson Martins, o pai.
O fuxico era feito de boca em boca e de porta em porta. Naturalmente que aqui vou omitir nome de algumas fuxiqueiras famosas.
E o serviço de alto falante dos Circos? Também não podemos esquecer: “alguém oferece a alguém esta linda canção do relicário brasileiro como prova de amor e amizade”.
Através das emissoras de rádio, sabíamos do que se passava neste Brasil de meu Deus. Os rádios, enormes caixas de abelhas, eram alimentados por bateria de carro (acumuladores).
O PSD, de Quincas Fernandes e UDN era os partidos majoritários. Quincas tinha um rádio. Ouvia as notícias e se encarregava de divulgá-las boca a boca. O outro radio pertencia a alguém da UDN que também fazia o mesmo que Quincas. Quando alguém ia repassar a notícia que acabara de ouvir de um dos proprietários dos rádios, vinha a pergunta: esta notícia foi do radio de Quincas o foi no da UDN?
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