Lata d’água na cabeça
Uma criança.
Traz no peito a esperança
De um dia, poder voltar.
Poder sonhar
E então poder viver,
Longe da realidade,
Do açude, que secou
Do peixe que acabou
E da terra que esturricou.
Lá no pasto não há mais reses,
O capim virou mato seco
E por lá, tudo morreu.
Lata d’água na cabeça
Uma criança.
Traz no peito a esperança
De um dia, acordar e ver
A flor do mandacaru
Finalmente florescer.
E então acreditar
Na chuva que virá,
Molhar a terra, encher o açude
E então tudo mudar.
Jorgepô 17/10/12 08:17h
Nenhum comentário:
Postar um comentário