segunda-feira, 30 de maio de 2011
UM NOME PARA A POPUSADA RURAL DE PIRITIBA
QUERO AGRADECER AOS INÚMEROS CONTERRÂNEOS QUE VOTARAM PARA A ESCOLHA DO NOME DA POUSADA RURAL - E AO MESMO TEMPO PEDIR PARA QUEM NÃO VOTOU AINDA QUE O FAÇA. É SO CLICAR NA COLUNA DA DIREITA
GRATO
ADAELSON
domingo, 29 de maio de 2011
UM DEDO DE PROSA COM WILSON ARAGÃO
E lá pras bandas de Piritiba, Morro do Chapéu e Mira Serra, havia virtuosos violeiros?
Sempre surgia novidade na feira, vindo da Paraíba, foragidos da seca, procurando emprego nas roças e traziam a cultura de lá. Eu achava muito bonito o pessoal batendo pandeiro e dizendo versos. Lá em Mira Serra tinha até um sujeito que fazia um som maravilhoso, uma mistura de cavaquinho com viola, extraído de um instrumento inventado por ele, num formato de lata de óleo, com cordas de arame de estender roupa.
Aprendeu a tocar instrumentos, o violão, por exemplo?
Eu ficava cutucando, mas vim aprender a tocar um pouquinho de violão já depois de casado. Minha vida toda foi no evangelho, minha família sempre foi prebisteriana, era igreja quarta, sexta, domingo. Meu pai dizia que violão era coisa de vagabundo, e não deixava aproximar do violão. Eu disse que quando eu fosse dono do meu nariz eu compraria um violão. E realmente quando meu pai separou de minha mãe e eu fui pra São Paulo trabalhar eu comprei um violão.
Era uma época de euforia, da ideologia “Brasil, potência do mundo”; da conquista do tricampeonato mundial de futebol; da proliferação das torturas nos porões da ditadura, e da pornochanchada nas telas do cinema brasileiro. Os militares estavam no auge da sua popularidade por conta do chamado “Milagre Econômico”: “ninguém segura esse país“, “ame ou deixe-o”...
Eu morava em Piritiba já pleiteando algum emprego, mas toda a minha família era de oposição. Os políticos de direita da cidade eram da ARENA e não deixaram que eu trabalhasse na prefeitura, nem no Banco da Bahia. Sem opção de trabalho formal só me restou ganhar algum dinheiro como artista, fazendo desenhos e pintura. A prefeitura era obrigada a me engolir porque eu produzia todas suas faixas. Desenhava ainda escudos do colégio, etc. Na 1º Exposição de Arte da cidade conquistei 3 prêmios, inclusive o 1º lugar de desenho, imaginação e pintura. Cantava ainda no coral e nos muitos grupos que formávamos, como o grupo musical “Os Helps”, que tinha muita influencia dos Beatles, e depois virou “Os Horríveis” (risos...).
Sempre surgia novidade na feira, vindo da Paraíba, foragidos da seca, procurando emprego nas roças e traziam a cultura de lá. Eu achava muito bonito o pessoal batendo pandeiro e dizendo versos. Lá em Mira Serra tinha até um sujeito que fazia um som maravilhoso, uma mistura de cavaquinho com viola, extraído de um instrumento inventado por ele, num formato de lata de óleo, com cordas de arame de estender roupa.
Aprendeu a tocar instrumentos, o violão, por exemplo?
Eu ficava cutucando, mas vim aprender a tocar um pouquinho de violão já depois de casado. Minha vida toda foi no evangelho, minha família sempre foi prebisteriana, era igreja quarta, sexta, domingo. Meu pai dizia que violão era coisa de vagabundo, e não deixava aproximar do violão. Eu disse que quando eu fosse dono do meu nariz eu compraria um violão. E realmente quando meu pai separou de minha mãe e eu fui pra São Paulo trabalhar eu comprei um violão.
Era uma época de euforia, da ideologia “Brasil, potência do mundo”; da conquista do tricampeonato mundial de futebol; da proliferação das torturas nos porões da ditadura, e da pornochanchada nas telas do cinema brasileiro. Os militares estavam no auge da sua popularidade por conta do chamado “Milagre Econômico”: “ninguém segura esse país“, “ame ou deixe-o”...
Eu morava em Piritiba já pleiteando algum emprego, mas toda a minha família era de oposição. Os políticos de direita da cidade eram da ARENA e não deixaram que eu trabalhasse na prefeitura, nem no Banco da Bahia. Sem opção de trabalho formal só me restou ganhar algum dinheiro como artista, fazendo desenhos e pintura. A prefeitura era obrigada a me engolir porque eu produzia todas suas faixas. Desenhava ainda escudos do colégio, etc. Na 1º Exposição de Arte da cidade conquistei 3 prêmios, inclusive o 1º lugar de desenho, imaginação e pintura. Cantava ainda no coral e nos muitos grupos que formávamos, como o grupo musical “Os Helps”, que tinha muita influencia dos Beatles, e depois virou “Os Horríveis” (risos...).
sábado, 28 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
UM MINUTO DE PROSA COM WILSON ARAGÃO
Sua música mais conhecida é “Capim-Guiné”, mas qual é a que você mais gosta?
Sou apaixonado por “Sertões e Sertões”, do primeiro disco. Fiz quando eu tava sofrendo porque tiraram o trem de ferro, a Leste Brasileira, de Piritiba: “Ó mira, mira bem para o resto da estrada de ferro. Quantos braços cravados, quantos dormentes para ouvir o trem na curva apitar, apitou pra nunca mais”. Eu estava em São Paulo quando minha mãe me escreveu uma carta. Cheguei em casa e chorei.
E as feridas da vida?
Eu tenho uma mágoa danada. A gente que é de esquerda sempre foi boicotado. Quando a esquerda conquistou o poder, não abriu espaço para a nossa arte. As prefeituras do PT aqui da Bahia quase nenhuma me contrata. Só querem Calypso e Calcinha Preta, que deseduca a população. É a indústria da anti-cultura. Esse povo nunca foi forró. A cultura brasileira sempre foi voltada para os mesmos, se concentrando em torno dos poderosos. A Rádio Educadora aí tem dias que tocam dez músicas do Caetano, oito do Djavan, e nenhuma dos outros. Por que não divide o espaço? Convidam a gente para participar de reunião, de discussão, mas na hora de contratar e pagar o cachê, continuam os mesmos.
A gente tem que valorizar aquela coisa de raiz, Bule-bule, repentistas, samba de roda... Na região de Cachoeira e Santo Amaro tem grandes sambistas. No nosso assentamento, Eldorado, tem Luizinho, Delis e Rebeca, uma menininha de 4 anos.
As emissoras de rádio massacram os ouvidos, pegam qualquer besteira, pagam jabá pra tocar 50 vezes por dia e sonegam direitos autorais. Tem algumas que nem pagam porque alegam que a rádio dá prejuízo. Se dá prejuízo, porque não passa pra gente do MST? Cantei muito, sem cobrar cachê, para o Sindicato dos Bancários, da Construção Civil, dos Metalúrgicos e Eletricitários. Hoje, estão fortalecidos e não lembram da gente. Eu colocava minha música a serviço das lutas sindicais, e hoje esquecem que a gente sobrevive dos cachês.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
UM MINUTO DE PROSA COM WILSON ARAGÃO
Esclareça a dúvida que paira entre os ouvintes de MPB: “Capim-Guiné” é apenas sua ou tem parceria com Raul Seixas? Como foi mesmo que você conheceu Raul?
Em 1982, em Piritiba, eu já havia conquistado um festival de música com “Capim- guiné”, antes de conhecer Raul. Na época, Elba Ramalho estava surgindo com muito sucesso, e eu fi cava sentado na porta dos hotéis esperando ela acordar. Aí, eu perguntava: “Gostou de Capim- Guiné?”, ela respondia: “Ouvi a fi ta e gostei de todas suas músicas, mas me dá um tempo, porque meu disco já está cheio”. Continuei colado com Elba. Um dia, os músicos me falaram: “Elba ensaiou Capim-Guiné, e está de arrombar, mas o diretor de produção pediu pra tirar e gravar uma música do Gonzaguinha, “Casca do Ovo”, porque ninguém sabe quem é esse Aragão”. Aí fi quei chateado e tive um “pega pra capar” com ela. A gente era amigo e ficamos diferentes até hoje.
Um conterrâneo de Piritiba, chamado Beto, me convenceu oferecer a música a Raul Seixas e mandou-a pra São Paulo. Um dia, ligamos para ele do orelhão e ele falou que havia gostado, mas queria propor pequenas alterações. Em vez, por exemplo, da frase “comprei um sítio, plantei jabuticaba, dois pés de guabiraba” etc. elaborado por mim, ele propôs “plantei um sítio no sertão de piritiba...”, homenageando a minha cidade, e misturou guabiraba com as pindaíbas, que eram as cachaças que ele bebia, botou guataíba, que não existe, e gravou.
No lançamento do disco, em 1983, no Esporte Clube Periperi, a nossa amizade foi se estreitando. Ficamos num hotel, na Barra, o dia todo na beira da piscina “comendo água”. Gostei muito dele, suas palavras tinham sentimento, um coração bom, um jeito meio ameninado e meio maluco. Passei dois dias na casa dele em São Paulo, e enquanto ele cheirava muito éter e lança-perfume, eu tomava minhas cervejas. Depois, ele veio pra minha casa em Salvador e fez uma verdadeira revolução no Engenho Velho de Brotas, pois saiu bebendo cachaça em tudo que era boteco, e todo mundo querendo conhecê-lo. Também demos um passeio pelo sul da Bahia, fomos em Ibirataia, Barra do Rocha e Ipiaú.
terça-feira, 24 de maio de 2011
TIM, TIM !!!
NO MEU TEMPO A GENTE DIZIA ASSIM -HOJE A CAMILA COLHE MAIS UM CRAVO NO JARDIM DE SUA EXISTENCIA.
NÓS AQUI DO BLOG QUEREMOS DESEJAR UMA CARREIRA PROMISSORA PARA A CAMILA.
TIM, TIM
NÓS AQUI DO BLOG QUEREMOS DESEJAR UMA CARREIRA PROMISSORA PARA A CAMILA.
TIM, TIM
NOME DA POUSADA RURAL
QUEREMOS AGRADECER A TODOS OS CONTERRÂNEOS QUE ME ENVIARAM SUGESTÕES PARA O NOME DA POUSADA RURAL DE PIRITIBA. RECEBEMOS MAIS DE CINQUENTA SUGESTÕES DE NOMES. DEPOIS DE UMA PENEIRADA - OUVINDO VÁRIOS CONTERRÂNEOS, ESTAMOS APRESENTANDO PARA A ESOLHA FINAL - AS 08 SUGESTÕES MAIS VOTADAS PARA QUE DESTAS 8, POSSAMOS ESCOLHER O NOME DEFINITIVO. POR FAVOR- VOTE NA ENQUETE AO LADO
TEM PIRITIBANO EM VALENTE?
SE TIVER QUE SE APRESENTE POR FAVOR
Valente é um município brasileiro da Bahia localizado no nordeste do estado. Segundo o senso 2007, sua população é estimada em 21.653 habitantes, sua altitude é de 358 metros em relação ao nível do mar.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
GENTE DA GENTE
SIVALDO é conterrâneo e leitor assíduo do Blog. Reside em Farroupilha e é casado com Rita, que é gaúcha .
Esta foto foi tirada em Caxias do Sul
Esta foto foi tirada em Caxias do Sul
sábado, 21 de maio de 2011
BOM APETITE
QUEM FAZIA O MELHOR CUSCUZ DE PIRITIBA?
EU ACHO QUE ERA D. BILU, VÓ DE GILSON VERMELHINHO.
SERIA O DE D. BALBINA?
DEIXO A PALAVRA COM VOCES
EU ACHO QUE ERA D. BILU, VÓ DE GILSON VERMELHINHO.
SERIA O DE D. BALBINA?
DEIXO A PALAVRA COM VOCES
NESTAS VEIAS CORRE SANGUE DE PIRITIBANA
NÃO ESTOU FALANDO DA MODELO, QUE É FILHA DE UMA AMIGA NOSSA. ESTOU FALANDO DA FOTÓGRAFA, QUE É FILHA DE D. ADAILDE DO ARMARINHO
POUSADA RURAL
PIRITIBA GANHA A SUA PRIMEIRA POUSADA RURAL
E VOCÊ ESCOLHE O NOME
1 | POUSADA CANA BRAVA |
2 | ÚLTIMA POUSADA |
3 | POUSADA ETERNA |
4 | POUSADA VIDA BELLA |
5 | POUSADA DO SOSSEGO |
6 | POUSADA BOA VISTA |
7 | POUSADA BELA VISTA |
8 | POUSADA DOCE VIDA |
9 | POUSADA ALTO DA COLINA |
10 | POUSADA VIDA VERDE |
11 | POUSADA DO MAXIXE |
12 | POUSADA UMBULANDIA |
13 | PUSADA MAXIXE COM QUIABO |
14 | POUSADA DO MATUTO |
15 | POUSADA CORDEL ENCANTADO |
16 | POUSADA SOSSEGO DO MATUTO |
17 | POUSADA VAI E VEM |
18 | POUSADA CARIANGO |
19 | POUSADA CINCO VÁRZEAS |
20 | POUSADA DA AMIZADE |
21 | POUSADA OURICURI |
22 | POUSADA CAMINHO DA CHAPADA |
23 | POUSADA ALTO DOS UMBUZEIROS |
24 | POUSADA PÉ NO SERTÃO |
25 | POUSADA DOS MARTINS |
26 | POUSADA VIDA MANSA |
27 | POUSADA PREGUIÇA BAIANA |
28 | POUSADA CANTINHO DA ALEGRIA |
29 | POUSADA CAPIM GUINÉ |
30 | POUSADA RIO DO OURO |
31 | POUSADA PIRITIBA |
32 | POUSADA RANCHO ALEGRE |
33 | POUSADA SONHO MEU |
34 | POUSADA DO TOCO |
35 | POUSADA RECANTO DOS COLIBRIS |
36 | POUSADA LICURI |
37 | POUSADA CIDADE MARAVILHOSA |
38 | POUSADA DO FUXICO |
39 | POUSADA VELAME |
40 | POUSADA CAÇUÁ |
41 | MAXIXE VILLAGE |
42 | PUSADA LUZ DE CANDEEIRO |
43 | POUSADA BOM LUGAR |
44 | POUSADA CASA DE MAE |
45 | POUSADA CAFUNÉ |
46 | POUSADA CASA DE CAMPO |
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