Agamenon Almeida
O tempo se vai, ligeiro, depressa
Que nunca é possível se acompanhar
Fingimos que temos o tempo na mão
E não vemos, aflitos, o tempo passar
Mas quando agente se olha no espelho
E não mais reconhece o próprio rosto
Desfigurado que foi pelo tempo
Se sente na boca um amargo desgosto
Olhado o
passado, quase nada foi feito
Não tem mais
jeito de no tempo voltarPor isso se chora o tempo perdido
Por não ser possível o tempo parar
Então se
agarra ao que resta da vida
Achando que
tudo se pode fazerQue se esquece que lá na esquina
Espreita-nos a morte, pondo tudo a perder.
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