sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A BONECA DE SINHÁ

Sinhá, a minha vó, tinha uma bela boneca que ganhara de sua mãe, Dinda Laudelina.
Rosto de porcelna, vestido de seda, sapatos de veludo. A boneca era o xodó de Sinhá.
Tarcila,  a bisneta, sonhava em  ter para ela a boneca de Sinhá. Já tinha pedido por várias vezes a guarda definitiva da prenda. Em todas às vezes a resposta era sempre  um monossilábico, não.
Um dia Sinhá foi mais longe na prosa e disse: quando eu morrer a boneca é sua
- Dinda, a senhora vai morrer logo?

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